A diversidades de gêneros e seus preconceitos
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Discussões sobre opção sexual têm se tornado muito comuns nos dias de hoje, dando cada vez mais liberdade para aqueles que se sentem oprimidos por sua identidade sexual. Não podemos negar que ainda existem muitas pessoas preconceituosas, mas as lutas para acabar com elas são constantes e muitas têm mudado seu conceito aceitando todos do jeito que são. Porém, as que resistem a esse preconceito ainda tem muito o que entender sobre o assunto.
Por volta dos 2 ou 3 anos, as crianças descobrem os seus genitais. Essa descoberta de seu corpo tem uma grande importância na tomada de consciência de gênero e no desenvolvimento dos papéis sexuais. As crianças comparam suas genitais ao dos pais e, de acordo com a percepção da igualdade, imitam os comportamentos do pai ou da mãe(na psicologia essa fase é chamada de Complexo de Édipo e vai até os sete anos aproximadamente). Além disso, meninos e meninas são tratados de forma diferente desde a hora em que descobrem seu sexo, através das falas, atribuições dadas pelos pais, brincadeiras, roupas, ,normas, cuidados, gestos de carinho e etc.
Portanto, a identidade sexual envolve características biológicas (genitálias), enquanto a identidade do gênero envolve aspectos psicológicos que o individuo formou, comportando-se de forma masculina ou feminina.
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Nesse processo de construção psicológica que envolve o sexo biológico , temos alguns exemplos como: Os transexuais que acreditam ser homens ou mulheres, só que o seu corpo não corresponde a esse sentir.
Uma outra questão percebida em relação a identidade sexual é que normalmente ela é confundida com a orientação sexual. Por exemplo, é muito comum as pessoas travestis serem consideradas como homossexuais, pelo o fato deles se caracterizarem de forma feminina, o que leva a grande maioria das pessoas a afirmarem que a travesti se sente, necessariamente, atraída por homens. Na realidade, a travesti pode se sentir atraída tanto por homens, quanto por mulheres e por outras travestis. Ser travesti não determina a orientação sexual dela.
Gênero é a forma como reconhecemos a nós mesmo e desejamos que os outros nos reconheçam. Isso incluiu a maneira como agimos com o jeito de ser , a maneira como nos vestimos, andamos, falamos e etc. alguns tipos de gêneros são:
-Os homossexuais que gostam de se relacionar com pessoas do mesmo gênero;
-Os heterossexuais que gostam de se relacionar com pessoas do sexo oposto;
-Os bissexuais que gostam de se relacionar com pessoas de sexo oposto e do mesmo sexo ;
-Os transexuais aqueles que não se sentem bem com o seu corpo fazendo assim cirurgias para a troca de gênero;
-Os assexuais que não sentem atração por nenhum gênero
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A diversidade dos gêneros atualmente é bem mais aceita pela sociedade, mas ainda há uma grande parte que rejeita essa condição por estarem fora do padrão de normalidade que foi criado pela sociedade e punem quem não estão enquadrados( adequados/ inadequados), tentando padronizar a todos ;a sociedade construiu uma triste historia de intolerância, preconceito e violência.
Hoje cada vez mais vemos movimentos para que acabem com os preconceitos; tanto feministas , antirracismo e de liberdade sexual e cada vez mais vemos as sociedades discutindo sobre o modelo de padronização pois somos sexualmente diversos.
A mídia vem contribuindo para o esclarecimento e sensibilização da sociedade com esses fatos, não só através de matérias de Revistas , mas novelas e filmes com histórias que nos levam a verdadeiras reflexões sobre as vidas dessas pessoas que escolheram outras opções sexuais.
A escola , como um ambiente formador de cidadãos que estão adquirindo conhecimentos diversos ,também se preocupa em oportunizar debates ou trabalhos sobre questões sociais , para um desenvolvimento do pensamento crítico, onde desenvolve uma melhor compreensão sobre o Tema das diferenças sexuais, ideias e valores sobre o que é ser “mulher” ou “homem” .
A escola vem tentando desmistificar as diferenças de um modo geral, desempenhando um importante papel na construção de valores e atitudes mais equilibradas dentro do convívio social..
O brasileiro ainda encara a questão de gênero de uma maneira incorreta. Onde pessoas transgêneras (aquela na qual não se identifica com o genero atribuído ao nascer) não possuem seus direitos totalmente cumpridos, sofre muita discriminação, alguns não podem nem andar pela rua sem sofrer algum tipo de agressão, sendo verbal ou física, como é o exemplo do jovem Gabe Kowalczyk, que foi alvo de agressões e tentativa de estrupo.
Ele relatou que três homens partiram para cima dele em Interlagos, São Paulo.” você quer ser mulher? Então agora vai apanhar como mulher. Disseram os homens antes de agredi-lo.Gabe sofreu traumatismo craniano leve, lesão no tórax e no estomago e luxação nos tornozelos.
Isso é um exemplo claro de como as pessoas transgêneras sofrem apenas por não seguirem o padrão que foi imposto. E nesse caso, os agressores ainda mostram como tratam as mulheres, ele vai apanhar como uma mulher, ou seja, para eles seria normal bater em mulher da mesma maneira que agrediram ele.
Na maioria das vezes pessoas como essas não são punidas e continuam soltas por aí, o que faz com que homossexuais, bissexuais, transexuais não se sintam seguros em andar pelas ruas , por que nunca se sabe se alguém vai aparecer para recrimina-los ou agredi-los fisicamente ou verbalmente.
Espera-se que a sociedade , como um todo, tenha um olhar mais aberto para lidar com as múltiplas combinações de gênero/sexualidade.
Que saibamos desenvolver uma convivência respeitosa com o “diferente”. Ainda temos muito que aprender!