Darwinismo social nos dias de hoje

Darwinismo social consiste no princípio de que as sociedades menos evoluídas devem se desenvolver, a partir de um modelo e que isso representaria a passagem da inferioridade à superioridade. Então, a Europa deu a justificativa de invasão e exploração na Ásia e África(Imperialismo), no pretexto de causa humanitária. E na verdade, era justamente para suprir seus próprios interesses, que era a necessidade de expandir seu mercado consumidor, obter mão de barata e matéria prima em abundância.

Atualmente, ainda podemos encontrar esse princípio de Darwinismo social, como por exemplo, na competição e sobrevivência do mais forte nas leis de mercado de trabalho, na doutrina neoliberalismo. As empresas mais fortes e desenvolvidas que ganham o mercado de trabalho, garantindo dessa maneira mais lucro. Enquanto, empresas menores e menos desenvolvidas vão perdendo seu espaço no mercado, não sendo benéfico para elas. E é exatamente essa concorrência e competitividade, o princípio natural e que não depende da vontade dos próprios homens, que garante a sobrevivência do melhor e mais evoluído. Vou citar dois exemplos de darwinismo social , nos dias atuais

1.As cotas nas faculdades

O projeto que destina 50 % das vagas nas federais para estudantes de escolas públicas (parte delas a famílias que possuem renda de até um salário e meio per capita) e também á negros, pardos e indígenas. Porém, sabemos que nem toda a população é a favor dessa medida adotada pelo governo. Fica claro a enorme diferença entre as escolas públicas e privadas, sendo que as privadas possui recursos que as públicas deveriam obter, já que é administrada pelo dinheiro público. Se Paramos e pensamos na teoria Darwiniana: O mais forte vence o mais fraco. O que de fato, acaba acontecendo no dia-a-dia de nossa sociedade. É aquele típico " se chamar um negro de preto é racismo, se chamar um branco de branquelo não é?" Deveríamos rever esses conceitos. O fato de nascer pobre ou nascer negro não deveria ser motivo para favorecimentos, se pensarmos desse jeito vemos que os pobres seriam menos aptos a entrar numa faculdade dos que os que possuem uma estabilidade financeira tornando -o desfavorecido, pois pra ele não há nenhum sistema de inclusão. Sendo assim, as cotas traduz então a igualdade de quem obteve benefícios básicos para entrar em uma faculdade e de quem não obteve, opondo-se ao darwinismo social. Após a existência de cotas que garantem o acesso ao ensino superior, quase todo mundo hoje possui formação acadêmica. Sabemos que há pouco tempo atrás não era assim, ocorrendo certas dificuldades para o acesso acadêmico. Faculdade era coisa de rico, hoje não. Porém, sabemos que não podemos colocar nossas vontades e expectativas nas mãos do governo ou da sociedade, já que não possuem meios suficientes para uma administração de qualidade para a vida de todos os cidadãos.

2.Homofobia

Na contemporaneidade, podemos perceber comportamentos baseados nessa teoria como a homofobia. O preconceito baseia-se no sentido de acreditar que existe uma ordem natural da sexualidade onde a homossexualidade não está incluída em relação apenas proporcionar prazer e não procriar, pois o padrão definido é o homem e a mulher. Para isso justifica-se em dizer que uma pessoa de sexualidade diferente desse padrão, mudou por vontade própria a sua natureza de suposta ordem natural, como se questões relativas à sexualidade não viessem definidas na concepção genética do indivíduo. As religiões de modo geral caracterizam como "perversão", "desvio de conduta", "desvio de comportamento", "mudança da ordem natural", ‘’ ato inferior’’ “ato infernal”, procedendo políticas de "curas" para algo perfeitamente natural. O fator moral baseia-se ao fato de considerar a homossexualidade como algo imoral, indigno, inferior. Ou seja, assinala-se que o ser tem uma essência da sexualidade diferente da pejorativa do mesmo ser de uma pessoa digna ou não. Isso implica em dizer que não a personalidade, o caráter, ás ações que são a comprovação de alguém ser moral e sim á sua situação sexual. Outra questão é que a homossexualidade não se encaixa em um quadro de valores, a constituição sexual de cada pessoa não é um fator delimitante de precedência para que ela seja moral ou imoral, digna ou indigna, mas sim os seus atos, opiniões frente á sociedade. Então, é como dizer que todos os cristãos são honestos por seguirem um código de virtudes, é claro que existem cristãos desonestos, a religião do ser de maneira nenhuma pode impor a ser honesto ou corrupto.