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A relação entre Sócrates e os Sofistas na antiga Grécia


Socrátes foi um filósofo ateniense do período clássico da Grécia antiga, considerado um dos criadores da filosofia ocidental.

Os sofistas se compunham de grupos de mestres que viajavam de cidade em cidade realizando aparições públicas (discursos, etc) para atrair estudantes, de quem cobravam taxas para oferecer-lhes educação. O foco central de seus ensinamentos concentrava-se no logos ou discurso, com foco em estratégias de argumentação.

Mesmo tendo sido incluído muitas vezes entre os sofistas, Sócrates recusava tal classificação, e opunha-se a eles de forma crítica. Sócrates foi contemporâneo dos sofistas e seu mais energético adversário que eles tiveram. Seu método de ensino e sua doutrina são o oposto da doutrina e do método dos sofistas. As divergências principais são as seguintes: - Os sofistas buscam o sucesso e ensinam como consegui-lo. Sócrates busca só a verdade e incita seus discípulos a descobri-la. - Segundo os sofistas, para se ter sucesso é necessário fazer carreira. Segundo Sócrates, para se chegar à verdade, é necessário desapegar-se das riquezas, das honras, dos prazeres, reentrar no próprio espírito, analisar sinceramente a própria alma, conhecer a si mesmo, reconhecer a própria ignorância. - Os sofistas se gabam de saberem tudo e de ensinaram a todos. Sócrates tem a convicção de que ninguém pode ser mestre dos outros. Ele não é mestre, mas obstetra (maieuta); não ensina a verdade, mas ajuda seus discípulos a descobri-la neles mesmos. Não leciona aos discípulos, mas conversa, discute, guia-os em suas discussões, orienta-os para a descoberta da verdade. - Segundo os sofistas, aprender é coisa facílima. Afirmam por isso que por um preço módico podem garantir aos discípulos o conhecimento da retórica e da arte de governar. Segundo Sócrates, aprender não é coisa fácil. Muitos diálogos terminam sem conclusão, sem uma definição da verdade, da bondade, da beleza, da justiça etc., sem um desenvolvimento completo do tema proposto. Para Sócrates, é somente lenta e progressivamente que se chega ao conhecimento da verdade, esclarecendo as próprias ideias e definindo as coisas sempre com mais precisão. - Para os sofistas, o valor de qualquer conhecimento e de qualquer e de qualquer lei moral é relativo (contrário do universal, geral), subjetivo (opinião do sujeito; contrário de

objetivo). Para Sócrates, existem conhecimentos e leis morais de valor absoluto, objetivo e, portanto, universal.

"Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância."

- Sócrates


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