Aborto no Brasil
O aborto no Brasil não é legalizado, mas a sociedade brasileira está em discussão sobre esse tema. A maioria das Igrejas Católicas e Evangélicas são contra a legalização do aborto, declarando como crime para a sociedade, influenciando uma grande parte, e desacelerando cada vez mais o processo da legalização do aborto. Além disso, as Igrejas tem um grande poder político no Brasil.
Muitas mulheres (de todas as classe sociais e religiões) já interromperam uma gravidez indesejada, com ou sem ajuda médica, com ou sem respaldo legal. Legalizar o aborto significa que nenhuma mulher poderá ser presa por esta prática e que o Estado estará obrigado a garantir assistência à saúde desta mulher na rede pública. A criminalização do aborto faz com que as clínicas clandestinas lucrem no comércio ilegal de abortamentos e milhares de mulheres morram por ano ao realizarem o aborto na clandestinidade, se houvesse a legalização, poderíamos ter números oficiais de abortamentos e controlá-los para diminuir esses números.
São as mulheres pobres maiores vítimas da criminalização do aborto. São elas que morrem por não ter dinheiro para pagar por um aborto em clínicas clandestinas caríssimas e acabam por realizar abortos em situações desumanas, sem terem um acompanhamento médico antes, durante e depois do aborto.
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Legalizar o aborto não significa incentivá-lo e sim poder reforçar campanhas de educação sexual para evitá-lo. A maternidade só será plena se for voluntária, livre e desejada, por isso é preferível a mulher assumir que não está pronta para trazer uma criança ao mundo do que fazer esta criança passar por maus tratos e sofrer. Não faz sentido que pessoas em nome de princípios religiosos imponham proibições para pessoas que não pensem como elas.
O aborto é um direito das mulheres de decidirem sobre seu corpo e sua vida. Nenhuma mulher é obrigada a fazer um aborto e quem for contra poderá manter sua opinião, seguir seus valores e religião. Mas aquelas que tiverem uma gravidez não planejada devem ser respeitadas na sua decisão, e o Estado deve garantir a possibilidade destas de interromper a gravidez sem correr risco de morte ou ir para a cadeia. Nenhuma mulher deve ser perseguida, humilhada, condenada ou presa pela prática do aborto.